AI WEI WEI

HOJE O BLOG TRÁS COMO LIBERDADE SE SE EXPRESSAR O ARTISTA  AI WEI WEI, UM POUCO DE SUA BIOGRAFIA E ALGUMAS OBRAS.


Crítico atuante do regime de seu país, Ai Wei wei expressa sua luta pela liberdade de expressão por meio de suas imagens, esculturas e de textos em seu blog e nas redes sociais.
 Por esse motivo, ele se encontra em prisão domiciliar.



















FACULDADE DE ARTES VISUAIS

TRABALHO ELABORADO E APRESENTADO EM SALA POR AUGUSTO RAMOS, JULIA MOREIRA, MURYLLO GOMES, GABRIEL AUGUSTO E MATHEUS SANTOS.




DESCOBRINDO ESCULTORES

TRABALHO ELABORADO EM GRUPO APRESENTADO NA SALA DE AULA PROPOSTO EM DESCOBRIR ESCULTORES.

























UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
FACULDADE DE ARTES VISUAIS 
MATÉRIA: ESCULTURA 
ALUNOS: JULIA MOREIRA
MATHEUS SANTOS 
AUGUSTO RAMOS 




ARTE CONTEMPORÂNEA


Trabalho proposto na sala de aula para conhecimento da arte contemporânea no Brasil e quais foram as pessoas que marcaram a história do movimento.


8 ARTISTAS CONTEMPÔRANEOS





Embora a arte contemporânea seja, por definição, algo em processo, é na passagem dos anos 1950 para os 1960 que discussões sobre o expressionismo abstrato e sobre o abstracionismo geométrico, na luta travada entre o concretismo e neoconcretismo, trazem um ponto de ruptura com a arte moderna, e então, o ínicio de diversos movimentos que podem ser aglutinados dentro da etiqueta genérica da arte contemporânea. Além da década de 1950 abrigar o marco histórico da constituição da 1ª Bienal de São Paulo, trata-se de um período marcado também por rupturas e o surgimento do primeiro movimento genuinamente brasileiro realizado pelos neoconcretistas.

Ronaldo Britto, um dos críticos que mais discutiu arte neoconcreta, frisa que o lugar desde movimento é como divisor de águas na história das artes visuais no Brasil. Tudo nasce da insatisfação de alguns artistas cariocas no final dos anos 1950 que, em 23 de março de 1959, lançam o Manifesto Neoconcretista, no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. Já nas linhas iniciais, Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis, afirmam que a "tomada de posição neoconcreta" se faz "particularmente em face da arte concreta levada a uma perigosa exacerbação racionalista". Contra as ortodoxias construtivas e o dogmatismo geométrico, os neoconcretos defendem a liberdade de experimentação, o retorno às intenções expressivas e o resgate da subjetividade na arte.

Às avessas do que os concretistas paulista pregavam, os cariocas buscavam a recuperação das possibilidades criadoras do artista, não mais o considerado como um inventor de protótipos industriais, conceito marcante do contexto desenvolvimentista e progressista da época. Os neoconcretistas também defendiam a incorporação efetiva do observador, que poderiam tocar e manipular obras e, então, torna-se parte delas.

Junto com a publicação do manifesto, acontece a abertura da 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com a presença dos sete artistas assinantes do Manifesto. Duas outras exposições nacionais de arte neoconcreta ocorreram nos anos seguintes: uma em 1960, no Manifesto da Educação do Rio de Janeiro, e outra em 1961, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, nas quais participaram outros artistas.

Mário Pedrosa, um dos mais importantes críticos de arte brasileira, observou que a arte neoconcreta era "a pré-história da arte brasileira", definição que pode ser entendida como "pré- histórico" na medida que questiona os fundamentos da linguagem artística existente, e propõe uma volta ao "começo" da arte.


FOTOS E OBRAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO MOVIMENTO.








Almicar Castro (1920 - 2002)


Amilcar Augusto Pereira de Castro, nascido em Minas Gerais, foi escultor, gravador, desenhista, diagramador, cenógrafo e professor. Foi um dos fundadores do Grupo Neoconcreto e em suas obras, apresentadas nos anos entre 1959 a 1961, pode-se notar o trabalho do artista, principalmente em sua esculturas, de se manter a matéria sem fragmentos. A partir de um plano (circular, retangular, quadros, etc.), Almicar corta e dobra chapas de ferro criando um objeto tridimensional que dialoga com o espaço.

 Na imagem, esculturas sem título, de 1959, feitas em chapa de aço







Aluísio Carvão (1920 - 2001)


Nasceu em Belém do Pará, foi pintor, escultor, ilustrador, ator, cenógrafo, professor. Em suas obras que datam do período neoconcreto, as cores assumem a construção de seus quadros e passam a nortear suas telas que deixam de lado as formas geométricas e as diferenciações entre forma, cor e fundo.


Na imagem, pintura Clarovermelho , de 1959






Franz Weissmann (1911 - 2005)


Embora tenha nascido em Áustria, Weissmann veio para o Brasil em 1921 e aqui ficou até sua morte. Foi um dos nomes importantes para a arte concreta e neoconcreta no Brasil, sendo um de seus fundadores. No mesmo ano do lançamento do manifesto, em 1959, o artista viaja para Europa e na década de 1960, expõe a série Amassados, objetos feitos com chapas de zinco ou alumínio trabalhadas com martelo, porrete e instrumentos cortantes.


Na imagem, Weissmann em Madrid, com a série Amassados






Hélio Oiticica (1937 - 1980)


Nasceu no Rio de Janeiro e foi artista performático, pintor e escultor. Embora não tenha participado da 1ª Exposição Neoconcreta nem assinado o Manifesto Neoconcreto, em 1960 participa da 2ª Exposição Neoconcreta no Rio de Janeiro e pensa sua produção em relação à Teoria do Não-Objeto, de Ferreira Gullar.


Na imagem, a obra Bilateral Equali, Não-Objeto , de 1960







Lygia Clark (1920 - 1988)


Lygia Pimentel Lins nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi pintora e escultora. Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1947. Foi uma das artistas que assinou o Manifesto Neoconcreto e dessa época é possível notar que, gradualmente, troca a pintura pela experiência com objetos tridimensionais, que buscam a maior participação do observador com a obra. A série Bichos, de 1960, é exemplo claro disso, no qual a artista faz construções metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças.


Na imagem, obra da série Bichos








Lygia Pape (1927 - 2004)


Nasceu em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, foi escultora, gravadora e cineasta, e umas das signatárias do Manifesto Neoconcreto. No fim da década de 1950, inicia a trilogia de livros de artista composta por Livro da Criação, Livro da Arquitetura e Livro do Tempo. Os Ballets Neoconcretos I e II, da artista plástica Lygia Pape, foram apresentados no Brasil em 1958, no Teatro Copacabana Palace, e em 1959, no Teatro Glaucio Gil.


Na imagem, imagem de Ballets Neoconcretos.






Hércules Barsotti (1914-2010)

Um dos paulistas integrados ao movimento neoconcreto, nasceu em São Paulo, foi pintor, desenhista, programador visual e gravador. Na década de 1960, convidado por Ferreira Gullar para integrar o grupo e participou das exposições de arte realizadas no Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em seus quadros de formatos pouco usuais, Barsotti explora a cor e as formas, e ilusão de tridimensionalidade.


Na imagem as telas Branco/Preto, de 1961, e Preto/preto, de 1962.






Willys de Castro (1926 - 1988)

Nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, foi pintor, gravador, desenhista, cenógrafo, figurinista e artista gráfico. Recém regresso da Europa, em 1959, une-se ao Grupo Neoconcreto. Nesse período realiza a série Objetos Ativos, trabalhos que exploram o plano e o volume como elementos plásticos, questionando a utilização da tela enquanto suporte da linguagem pictórica.



Na imagem a obra Objeto Ativo, de 1960










ARTE NA EDUCAÇÃO


Ana Mae Barbosa 1


O último livro de Elliot Eisner, The Arts and the creation of mind (2002), é uma preciosidade,
além de conceituações de Arte e de Educação que o tornam muito próximo de John Dewey e Paulo
Freire ele estabelece uma taxonomia das visões de Arte/Educação ao longo do século XX.
Conceitua Educação como um processo de aprender como inventarmos a nós mesmos. Menos
confiante nas nossas invenções do mundo Paulo Freire nos ensinou que a Educação é um processo
de vermos a nós mesmos e ao mundo a volta de nós. Enquanto Eisner enfatiza Imaginação Paulo
Freire valoriza-a mas sugere diálogos com a Conscientização social.
Para ambos a educação é mediatizada pelo mundo em que se vive, formatada pela cultura,
influenciada por linguagens, impactada por crenças, clarificada pela necessidade (PF), afetada por
valores e moderada pela individualidade. Trata-se de uma experiência com o mundo empírico, com
a cultura e a sociedade personalizada pelo processo de gerar significados, pelas leituras pessoais
auto-sonorizadas do mundo fenomênico e das paisagens interiores. É aí, na valorização da
experiência que os três filósofos ou epistemólogos se encontram, Dewey, Paulo Freire e Eisner. Se
para Dewey experiência é conhecimento, para Freire é a consciência da experiência que podemos
chamar conhecimento. Já Eisner destaca da experiência do mundo empírico, sua dependência de
nosso sistema sensorial biológico, que é a extensão de nosso sistema nervoso ao qual Susanne
Langer chama de “órgão da mente”.
Segundo Eisner, refinar os sentidos e alargar a imaginação é o trabalho que a Arte faz para
potencializar a COGNIÇÃO. Cognição é o processo pela qual o organismo se torna consciente de
seu meio ambiente.Novamente os três gigantes da filosofia da Educação se encontram e nos alertam
acerca da importância da arte para nos permitir a tolerância à ambigüidade e a exploração de
múltiplos sentidos e significações. Esta dubiedade da Arte a torna valiosa na Educação ;Arte não
tem certo e errado, tem o mais ou menos adequado, o mais ou menos significativo, o mais ou menos
inventivo.
Arte na Educação se contrapõe as supostas verdades da Educação e às mais suspeitas ainda,
certezas da Escola.
São muitas as visões da Arte/Educação as quais dependem da ênfase que se dá às funções da
Arte na Educação. Para Eisner as que operam até nossos dias são:

1- Auto expressão criadora
2- Solução criadora de problemas
3- Desenvolvimento cognitivo
4- Cultura visual
5- Como disciplina
6- Potencializadora da performance acadêmica
7- Preparação para o trabalho.

A leitura de Eisner, como sempre, me estimulou a pensar em termos de Brasil e de nossa
trajetória histórica. Quando Ivone Richter me identificou em um de seus textos com as idéias de
Eisner até acreditei, tal meu entusiasmo por cada livro novo dos três grandes teóricos da
Arte/Educação: Efland, Parsons e Eisner.


Professora Titular aposentada da USP, atuando no Doutorado em Arte/Educação que implantou na ECA. Foi presidente da International Society of Education through Art (90-93) e Diretora do MAC - USP(87-93).
Publicou 16 livros sobre Arte e Arte/Educacão. Recebeu o Grande Prêmio de Crítica da APCA, o Prêmio
Edwin Ziegfeld nos Estados Unidos (92),o Prêmio Internacional Herbert Read (99), o Achievement Award
pela liderança em Arte Educação nos Estados Unidos (2002) e a Ordem Nacional do Mérito Científico (2004).
Ensinou em universidades inglesas e americanas. Assinou curadorias de Christo, Barbara Kruger, Oswald de Andrade e Flemming.